“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio
de graça e de verdade, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai”.
João 1:14.
“Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis
que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”. Isaías 7:
14
O Divino se fez homem, limitado e mortal, nasceu
numa manjedoura, em Belém nos arredores de Jerusalém. A profecia acerca desse
evento fantástico estava cumprida.
No mundo que conhecemos tudo corria normalmente.
Os religiosos da época em seus templos com suas orações, pessoas indo e vindo
em busca de seus próprios desejos, governantes preocupados em benfíciarem a si
mesmos, enfim, a vida caminhando como sempre. Tudo e todos absolutamente
alheios ao maior evento da História até então, a encarnação do Verbo, o
nascimento do Filho de Deus, Jesus Cristo, homem.
Passados mais de 20 séculos e as coisas quase não
mudaram. Boa parte do mundo celebra o dia 25 de dezembro, como sendo o natal de
Jesus, mas para uma grande quantidade de pessoas que fazem esta comemoração Ele
não é mais que um simples figurante, quase uma figura fora do cenário. Como em
Belém daquela época, há muita movimentação, mas poucos estão à procura do
Cristo.
Mas, basta olharmos, aguçarmos nossos ouvidos e
perceberemos sinais e vozes apontando para o que aconteceu naquela estrebaria
de Belém: o Eterno se fez mortal. Ali acontecia o começo de uma caminhada que terminaria
no evento mais importante de todos: a Cruz.
Sabemos que provavelmente o nascimento não tenha se
dado numa noite de 25 de dezembro. Sabemos também que pinheiros, guirlandas e velhinhos
de trenó são elementos de um natal criado pelo homem, que nada têm a ver com
Bíblia e Cristianismo, porém nenhum motivo temos para ignorar o Natal. Usemos
então esta data para recordar-nos de que o amor de Deus o levou ao cúmulo da
encarnação.
Podemos sim comemorar o Natal de forma verdadeira.
É só levantarmos os olhos e vermos as estrelas que apontam para a Graça, é só
enchermos nossos ouvidos de boa vontade e juntarmos nossas vozes dando glória a
Deus nas maiores alturas. É só separarmos o melhor que temos o ouro, o incenso
e a mirra de nossas vidas e oferecermos àquele que nasceu em Belém. Afinal , foi
ali naquela estrebaria que a eternidade se fez presente para nós.
Quando tivermos consciência de
que o que pregou Jesus na cruz não foram os pregos e sim o amor ai estaremos
realmente comemorando o natal.
Feliz natal a todos.
Taciano Campos
Dezembro de 2012.